sábado, 8 de janeiro de 2011

MATE A VÍTIMA QUE EXISTE EM VOCÊ


Feliz Ano Novo meu povo!
O primeiro post de 2011 não será um texto meu e sim um muito bacana que acabei de ler no portal "Somos Todos Um" (para quem não conhece um espaço muito enriquecedor para quem, como nós, está em busca de evolução)
O texto fala sobre vitimismo, acredito eu que o maior vilão na busca de nosso auto-conhecimento e, consequentemete, nossa auto-estima.
Espero que leiam, reflitam e se ajudem a matar dentro de si esse verdadeiro monstro que se disfarça de bengala para nos ajudar.
Sempre que encontrar um texto bacana, que eu saiba que ira nos ajudar vou trazer aqui para enriquecer esse cantinho.

"Sou o patinho feio, ninguém cuida de mim". Esse patinho, porém, quase nunca é feio nem se encontra em estado de total abandono. Ele é só mais um doente de vitimismo - patologia psicológica caracterizada pela presença de um sentimento, ele sim, muito feio: a autopiedade.
O complexo de vítima - a mania de assumir na vida a postura de mártir sofredor - é uma das mais insidiosas e destrutivas patologias psicológicas. Os que caíram nas garras da autopiedade vão por aí, puxando a carroça dos seus sofrimentos quase sempre imaginários - mas não por isso menos reais - e provocando nos outros enfado e repulsa.

Isso é muito triste quando se sabe que tudo o que eles querem é exatamente o contrário: ganhar carinho e atenção.

O vitimismo é um poço de sentimentos negativos. Dele surge a tendência para culpar os outros (o pai, a mãe, os irmãos, a sociedade, a vida, o mundo, os maus fados, o destino) e fazer deles os responsáveis pelas nossas próprias mazelas. Dele surgem as couraças de autodefesa que não nos permitem relaxar e viver de modo saudável nossa relação com os outros e conosco mesmos. Dele vem a impressão sempre absurda e impossível de que não precisamos mudar. Os outros é que estão errados. Ele é a pior das cegueiras, pois destrói na pessoa a autocrítica, o discernimento e a capacidade de avaliação racional das situações.
Demônio de muitas faces, o vitimismo é mestre em matéria de distorção da realidade. Parente próximo da tristeza, quando ele possui uma pessoa coloca diante de seus olhos um filtro cinza e opaco que a impede de apreciar - e se deleitar - com as cores do mundo.

O vitimismo é doença precoce. A análise transacional - uma técnica de psicoterapia - ensina que uma criança, já nos primeiros anos de vida, e a partir do seu contato cotidiano com os adultos, decide qual das seguintes posições existenciais ela assumirá na vida: Eu não estou ok, os outros estão.Eu estou ok, os outros não estão.Não estou ok, os outros também não.Estou ok, os outros também estão.
Uma vez escolhida a posição, quando a criança cresce, ela será dominante no seu caráter, enquanto as outras, embora podendo coexistir, terão menor peso. Destaca-se que a atitude universal na primeira infância é a da "eu não estou ok, os outros estão". Assim sendo, a pessoa poderá permanecer fixada nessa posição ou, segundo a educação recebida, passar a uma das outras três.

Explicando melhor:
- "Eu não estou ok, os outros estão". Essa pessoa se sente inferior aos outros e tenderá à depressão. Ela ainda permanece na mesma posição da sua primeira infância.
- "Eu estou ok, os outros não". É a pessoa que culpa os outros pelas suas misérias. Essa posição costuma ser assumida pelas crianças maltratadas com brutalidade, que concluem: "Quando estou sozinho, estou muito bem. Não preciso de ninguém, deixem-me só". Esta posição é, em geral, baseada no ódio, mesmo quando ele está bem camuflado. Desse grupo fazem parte, com freqüência, os delinqüentes, os fanáticos e os criminosos.
- "Eu não estou ok, os outros também não". Essa pessoa não sente nenhum interesse pela vida. É abúlica e depressiva. É uma posição assumida por aqueles que não receberam suficiente calor e atenção nos primeiros anos e escolhem os amigos, o cônjuge, esperando que este(s) seja(m) propenso(s) a desempenhar o papel complementar.

NÃO SOMOS LIVRES como acreditamos ser. Quando se entende isso, fica evidente que a maior parte dos nossos atos e pensamentos não é tão livre de condicionamentos como gostamos de acreditar. Nossa certeza de sermos livres, de fazermos tudo aquilo que queremos, e quando queremos, é quase sempre uma ilusão. Quase todos, na verdade, carregamos dentro condicionamentos mais ou menos ocultos que, com freqüência, tornam difícil a manifestação de uma honestidade genuína, uma criatividade livre, uma intimidade simples e pura.Posição existencial é, portanto, um papel que o indivíduo tenderá a representar ao longo da sua vida. É preciso sublinhar o fato de que todas as posições existenciais necessitam de pelo menos duas pessoas, cujos papéis combinem entre si.
O algoz, por exemplo, não pode continuar a sê-lo sem ao menos uma vítima. A vítima procurará seu salvador e, este último, uma vítima para salvar.O condicionamento para o desempenho de um dos papéis é bastante sorrateiro e trabalha de forma invisível. Esta é uma das causas principais da falência de algumas amizades ou casamentos, quando as pessoas interessadas não se ligaram a partir de uma simpatia genuína, mas sim com o objetivo de encontrar na outra pessoa um sujeito adequado para desempenhar algum papel complementar.Se pararmos alguns instantes para considerar os casais que conhecemos, não será difícil encontrar entre eles a "menina" que casou com o "pai" (relação vítima-salvador) ou a mulher que se queixa continuamente do marido, mas nem sequer admite a idéia do divórcio (relação vítima- algoz).
Observemos, então, como vivemos e como a nossa presença influencia a vida daqueles que nos cercam. Somos sadios? Serenos? As pessoas ao nosso redor apreciam a nossa presença? Nosso cônjuge nos admira? Ele fala bem de nós? Nossos filhos nos consideram como amigos? Quantos amigos temos? Em quantas portas podemos bater no caso de uma situação grave?

SE NÃO FORMOS serenos e não tivermos amigos, tentemos considerar que, provavelmente, a nossa posição existencial e o papel que desempenhamos não são os melhores possíveis. Com efeito, se o fossem, teríamos serenidade, melhor saúde.

4 comentários:

Borboleta no Casulo disse...

Nusss cm já vivi desse vitimismo!!aff...mas acho q me livrei dele!
Adorei o texto, ajudou bastante :)
Bjs e saudadonaa!!

Ursula disse...

Ótimo post, muito bom mesmo!
beijos
ursulaferraricoach.wordpress.com

Casa da Bia e Cia disse...

Re, tem post citando a cantada do Pão no blog.

Beijos, Bia

Raquel Paula (Kaka) disse...

Amei seu blog passei por aqui pois estou em uma pessima fase, perdi meu love a exatos 20 dias e fico me perguntando porque comigo, qdo li seu mais recente post, senti que esta na hora de parar de reclamar, e tomar uma titude pra mudar o que estou sentindo, obrigado amiga, e mto boa sorte.